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Nova descoberta sobre a dopamina revoluciona entendimento do cérebro

A nova descoberta sobre a dopamina, publicada em 11 de julho de 2025 na revista Science por pesquisadores da Universidade do Colorado, revoluciona o entendimento do cérebro ao desafiar a visão tradicional de que a dopamina se espalha amplamente pelo cérebro de forma contínua, como uma névoa difusa. Em vez disso, o estudo revela que o neurotransmissor atua em rajadas ultrarrápidas e precisas, atingindo grupos específicos de neurônios com alta seletividade temporal e espacial, em pontos críticos do cérebro descritos como “faíscas” milimétricas. Essa sinalização de precisão foi observada por meio de microscopia de dois fótons, mostrando que a dopamina opera de maneira muito mais localizada e momentânea do que se pensava há um século. Além disso, os cientistas identificaram uma camada secundária de sinalização mais lenta e difusa, sugerindo que a dopamina atua em dois níveis: rajadas rápidas para ajustes imediatos em comportamentos e decisões, e uma ação mais ampla para regular funções cognitivas complexas, como aprendizado e tomada de decisões. Essa descoberta reformula o papel da dopamina em processos como motivação, movimento e recompensa, e pode ter implicações significativas para o tratamento de transtornos neurológicos e psiquiátricos, como doença de Parkinson, TDAH, esquizofrenia, dependência química e depressão.   Essa nova compreensão sugere que terapias futuras podem ser mais direcionadas, focando em modular essas rajadas precisas para melhorar a eficácia no controle de sintomas, oferecendo esperança para milhões de pessoas com condições relacionadas à dopamina.

Objeto interestelar 3I/ATLAS pode ser mais antigo que o Sistema Solar

O cometa 3I/ATLAS foi inicialmente identificado pelo projeto Deep Random Survey, no Chile, e recebeu a designação temporária A11pl3Z. Crédito: K Ly (astrafoxen) X/ Deep Random Survey astrônomos detectaram o objeto interestelar 3I/ATLAS cruzando o Sistema Solar no começo deste mês. Esse cometa, também conhecido como C/2025 N1 ATLAS, é apenas o terceiro corpo de origem externa ao nosso sistema já registrado na história. Pesquisadores conseguiram estimar a origem aproximada do astro e calcular sua idade. Se as hipóteses estiverem corretas, o objeto é mais antigo que o próprio Sistema Solar. Nesta imagem, várias observações foram sobrepostas, mostrando o cometa 3I/ATLAS como uma série de pontos que se movem para a direita ao longo de cerca de 13 minutos na noite de 3 de julho de 2025 (Crédito: ESO/O. Hainaut) Objeto interestelar é apenas o terceiro registrado na história O astro foi identificado por um telescópio do Sistema de Último Alerta para Impacto de Asteroides com a Terra (ATLAS), situado no Chile e apoiado pela NASA, quando estava a aproximadamente 670 milhões de quilômetros do Sol. Análises posteriores da sua trajetória confirmaram que se trata de um objeto interestelar, proveniente de fora do nosso Sistema Solar, e que é um cometa. Esse é apenas o terceiro objeto desse tipo registrado na história, seguindo o asteroide ‘Oumuamua (de 2017) e o cometa Borisov (de 2019). Origem é bem diferente do que se pensava Agora, uma equipe liderada pelo astrofísico Matthew Hopkins, da Universidade de Oxford, pontuou a origem desse cometa interestelar. As descobertas estão relatadas em um artigo disponível no servidor de pré-impressão arXiv, onde aguarda revisão de pares para validação e publicação. Segundo o estudo, o cometa 3I/ATLAS veio de um disco espesso da Via Láctea. Para chegar nessa conclusão, Hopkins e sua equipe usaram um protocolo chamado de modelo de população de objetos interestelares Ōtautahi-Oxford, desenvolvido por astrônomos do Reino Unido e da Nova Zelândia para rastrear a origem do objeto interestelar até seu ponto de origem. O modelo usa dados do Gaia, e informações coletadas sobre o disco da Via Láctea e sobre como objetos se movem no espaço.   Sabendo que o 3I/ATLAS viajava a uma velocidade de 57 km/s quando foi descoberto e que ele tem entre 10 e 20 quilômetros de diâmetro, a equipe constatou que as informações são consistentes com uma origem no disco espesso da Via Láctea. Trata-se de uma região ao redor do disco fino principal, onde a maioria das estrelas ficam (incluindo o Sol). Disco espesso da Via Láctea (Imagem: Gaba p/Wikimedia Commons, CC BY-SA 3.0) Astrônomos estimaram idade do objeto interestelar A maioria das estrelas presentes no disco fino principal da Via Láctea, de onde o objeto interestelar veio, tem mais de 10 bilhões de anos. Se a origem do 3I/ATLAS for confirmada, os astrônomos estimam uma idade entre 7,6 e 14 bilhões de anos. O nosso Sol tem 4,6 bilhões de anos. Ou seja, este novo visitante interestelar seria mais antigo que o próprio Sistema Solar em que vivemos.

Brasil e China firmam acordo para lançar satélite geoestacionário

O acordo entre Brasil e China para o desenvolvimento do CBERS-5, anunciado em 5 de julho de 2025 durante a Cúpula dos BRICS no Rio de Janeiro, marca um avanço significativo na cooperação espacial bilateral iniciada em 1988. O CBERS-5 será o primeiro satélite geoestacionário brasileiro, projetado para fornecer dados meteorológicos e ambientais com foco no território brasileiro. Orbitando a uma altitude que permite monitoramento contínuo da mesma região, o satélite aprimorará a previsão do tempo e a detecção de eventos climáticos extremos, como secas, tempestades e enchentes, com maior precisão e rapidez. O projeto, liderado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no Brasil e pela Administração Nacional do Espaço da China (CNSA), posicionará o Brasil entre menos de 10 países com tecnologia de satélites geoestacionários, reforçando sua soberania em dados espaciais. Os dados gerados serão compartilhados gratuitamente com países da América Latina e Caribe, promovendo colaboração regional. Além disso, o acordo inclui transferência de tecnologia, fortalecendo o desenvolvimento conjunto. O lançamento está previsto para 2030. Este marco reflete o compromisso dos dois países com a inovação no Sul Global, respondendo a desafios climáticos crescentes, como os observados em desastres recentes no Rio Grande do Sul. A parceria também complementa esforços anteriores do programa CBERS, que já forneceu milhões de imagens para monitoramento ambiental, agrícola e de desastres, incluindo a preservação da Amazônia. Satélite trará benefícios para Brasil e China O CBERS-5, primeiro satélite geoestacionário brasileiro desenvolvido em parceria com a China, trará benefícios significativos para ambos os países. Para o Brasil, o satélite proporcionará: Previsão meteorológica aprimorada: Dados em tempo real para monitoramento de eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e enchentes, melhorando a resposta a desastres naturais, como os recentes no Rio Grande do Sul. Monitoramento ambiental: Coleta de dados para preservação de ecossistemas, como a Amazônia, e gestão de recursos naturais. Soberania tecnológica: Posiciona o Brasil entre os poucos países com tecnologia geoestacionária, reduzindo a dependência de dados estrangeiros. Cooperação regional: Dados compartilhados gratuitamente com países da América Latina e Caribe, fortalecendo a liderança regional. Para a China, os benefícios incluem. Fortalecimento da parceria estratégica: Consolida a cooperação espacial iniciada em 1988, ampliando sua influência no Sul Global. Acesso a dados regionais: Informações meteorológicas e ambientais da América do Sul, úteis para análises globais. Transferência tecnológica mútua: Avanço conjunto em tecnologias espaciais, beneficiando a Administração Nacional do Espaço da China (CNSA).                                                                                                                                                                        Além disso, o projeto reforça a colaboração científica e econômica entre os dois países, com lançamento previsto para 2030, e promove o desenvolvimento sustentável frente aos desafios climáticos globais.